Em meados de 2009 conheci Márcia da Cunha Mesquita Migliani, residente em São Paulo,visitava a cidade de Colina com uma lúcida e simpática senhora em busca da foto da primeira casa de Colina (foto n.13 Museu Municipal de Colina) Me dizia Márcia que aquela senhora (sua tia) estava em busca de recordações e que além da foto que estava no painel da Secretaria Municipal de Educação a levaria para a escola José Venâncio , onde ela havia estudado, a simpática senhora era Dona Amélia Fabri, descendente dos primeiros moradores de Colina. Conversamos um pouco e ela revelou ter fotografias de família, inclusive de José Fabri e esposa, alguns meses depois via correio recebemos essas duas fotos abaixo que apoveito para postar aqui. Amélia Fabri faleceu em 27 de Maio de 2011 quando completaria 97 anos. Encontra-se ainda viva sua irmã caçula Nair Fabri atualmente com 80 anos.
Márcia é uma grande colaboradora e responsavel para que houvesse esta postagem. Além de relatos, documentos e fotos, Marcia vem nos ajudado a esclarecer alguns fatos sobre essa família e a história de nosso município.
Alem de Marcia Migliani os parceiros do Blog www.colinaspaulo.blogspot.com e colaboradores do Facebook Colina Sp contribuiram para esta postagem.
Alem de Marcia Migliani os parceiros do Blog www.colinaspaulo.blogspot.com e colaboradores do Facebook Colina Sp contribuiram para esta postagem.
José Fabri e Julia Balsani
Doação: Márcia Migliani
Doação: Márcia Migliani
Segundo o Livro Colina Capital Nacional do Cavalo de Syria Drubi, pag.45 José Fabri nasceu em Forli , na Itália e teria imigrado para o Brasil em 1850 e morado inicialmente na cidade de Barretos. Agora documentalmente podemos compravar que José Fabri imigrou para o Brasil em 22/03/1891 conforme passaporte enviado por Marcia Migliani, o mesmo documento descreve José Fabri tendo 41 anos, 1,71 de altura, cabelos, sobrancelhas e olhos castanhos, barba castanho-grisalha sendo ele Agricultor. Veio para o Brasil com esposa e filhos. Podemos calcular então baseado nesses dados que provavelmente ele teria nascido em 1850, ao invés de imigrado, no documento consta também o nome de seu pai: Luigi.
Segundo Syria José Venãncio Dias teria encontrado José Fabri em Barretos por volta de 1900 e o convidou para morar em Colina. Ele aceitou a proposta e se mudou para Colina. Logo derrubou quatro alqueires de terra da mata virgem e plantou milho. Fez um acampamento onde recebia os tropeiros, boiadeiros e todos os transeuntes que por ali passaram.
Tudo que ganhava com seu trabalho guardava, pois tinha planos para o futuro. E com algumas economias José Fabri construiu uma casa em 1903, que se tornou a primeira residência a ser edificada em Colina. Ele também formou uma chácara, a qual denominou Palmeiras, situada nas esquinas da Rua 13 de Maio com a antiga Avenida Collina, onde hoje esta situada a Av. Dr. Manoel Palomino Fernandes.
A chácara possuia diversas frutas com predominância para as jabuticabas.
José Fabri era casado com Júlia Balsani e segundo o livro Colina Capital Nacional do Cavalo teve quatro filhos: Mateus, Alexandra, Luiza e Malvina que teve seu passamento em Franco da Rocha, onde fazia tratamento. Em seu passaporte podemos compravar que seus filhos eram: Vicenzo (Vicente), Amedeo, Alessandra e Malvina. Com excessão de Malvina nao temos documentos que comprovem a existência de Mateus, Alexandra e Luiza como sendo filhos de José Fabri como relata Syria Drubi.
Ainda segundo Syria, José Fabri faleceu no dia 21 de maio de 1938 aos oitenta e oito anos de idade sendo sepultado em Colina, deixando quatro filhos e nove netos.
Documentos Passaporte emitido em 22/03/1891 autorizando Giuseppe Fabbri 41 anos, agricultor e sua esposa Giulia 37 anos juntamente com os filhos: Vicenzo 10anos; Amedeo 08 anos; Alessandra 06 anos; Elisa 04 anos e a caçula Malvina de apenas 02 anos a viajarem para o Brasil.
Passaportes Giuseppe Fabri
Doação: Márcia Migliani
"Todos conhecem o meu bisavô por Jose Fabri, mas o nome dele no passaporte esta como
Giuseppe que é um nome italiano, é mau de brasileiro adaptar tudo a maneira preguiçosa de falar da nossa língua. Até breve." por Marcia Migliani
Família Fabri
Acervo Dante Guarnieri Filho
Facebook Colina-SP (http://www.colinaspaulo.blogspot.com/ )
Colhida por Renata Paro
13 - Primeira casa de Colina pertenceu ao imigrante italiano José Fabri (1905) localizava-se na Av. Manoel Palomino Fernandes com a Rua 13 de Maio, onde tambem estabeleceu uma pousada de tropeiros e madereiros
(Foto: Acervo Museu Municipal Colina )
(Foto: Acervo Museu Municipal Colina )
Chácara Palmeiras
Chácara Palmeiras
Ampliação da foto acima: reparem nas semlhanças da residência entre a foto do acervo do Museu Municipal de Colina de Registro nº13
Mais uma lacuna de nossa história preenchida. Esta foto estava sem identificação e os amigos do blog http://www.colinaspaulo.blogspot.com/ identificaram no dia 26/07/2011 a foto sendo como a 1ª Residência de Colina do Sr. José Fabri. comparando-se a foto com outra ja identificada acima tudo leva a crer que estamos de fato com mais um registro dos primeiros moradores de Colina. Através do Facebook Colina-SP muitas fotos sobre o nosso munícipio vem sendo identificadas e novos colaboradores surgindo.
Os amigos do blog colinaspaulo enviaram:
" Ao lado havia uma chácara que chamávamos Malvina (Uma das filhas de Fabri), que também tinha muitas arvóres frutiferas e fazia as delicias da molecada. Tinha uma casa em ruinas que diziam ser mal assombrada. Como a Malvina morreu "louca", isso deve ter servido ao folclore local para as invencionices típicas de um interior onde não havia televisão e os "causos" eram contados à larga".
Sobre a Senhora Malvina Márcia Migliani nos enviou por e-mail :
"Oi , eu estava lendo o blog e achei uma historia que a minha tia Malvina morreu louca , na verdade a minha mãe conta que a prefeitura ia passar uma rua dentro da chacará Malvina, que pertencia a minha tia Malvina e que ela não concordava com isso, vc sabe as pessoas de antigamente tinham muito amor no local onde viviam tranquilas, e de uma hora pra outra se vê quase expulsa do lugar onde vivia e amava, minha mãe contou que ela tinha muitos animais e frutas na chácara e que o lugar era muito bonito. Por este motivo quando os homens da prefeitura começaram a trabalhar no local, ela tentava impedi-los, e isso causou alguns problemas, se fosse nos dias de hoje talvez as coisas fossem resolvidas de outra forma. A chácara dos Fabri se chamava chácara Palmeiras, minha mãe conta que lá tinha tanta variedade de árvores frutíferas que era chamada de o paraíso das frutas, meu avô o Vicente Fabri filho do Jose Fabri ,gostava muito de plantar rosas também, e que quando chovia ele ficava todo feliz na janela assoviando vendo a chuva molhar a plantação. O assoalho da casa era todo de tabuas, que elas lavavam com sabão de cinzas e ficava tudo muito branquinho, quase na porta da casa tinha um córrego que as crianças da casa adoravam levantar pela manhã e lavar o rosto com a água fresquinha, no fundo da chácara também tinha um córrego onde as crianças iam nadar e pescar".
Consta no livro Colina Capital Nacional do Cavalo de Syria Drubi (pg 45) que Malvina Fabri morreu no Hospital Franco da Rocha, onde fazia tratamento, dai surgiram os boatos de que ela estaria "louca".
. A rua de fato passou por dentro, ou melhor, beirando a chácara: atualmente é a Rua Antonio Guarnieri.
Resumindo e concluindo, não se trata exatamente da primeira casa, mas sim do local onde foi erguida a primeira casa e da primeira chácara de Colina. Esta poderia ser chamada de primeira casa de alvenaria construida em Colina, no mesmo lugar do rancho dos Fabri, este sim, a primeira habitação de Colina.
Certidão de Casamento datado em 15/04/1912 de Vicente Fabri, filho de José Fabri, 30 anos nascido em Fali Reino da Itália com Maria Francisca Monteiro, 18 anos, nascida em Pesqueiro - Portugal.
Doação Márcia Migliani
Na foto: Vicente Fabri, esposa Maria Francisca Monteiro e filhos por ordem de tamanho: Amélia Fabri, Jandira Fabri e Irene Fabri. O casal teve posterior a esta foto mais duas filhas: Helena e Nair.
Doação: Márcia Migliani
Certidão de Óbto de Vicente Fabri.
Consta no documento que Vicente Fabri morreu de Cancêr no Etomago atestado pelo Dr. Alcides Corrêa Arruda no dia 24/10/1934 as 09:30h aos 58 anos de idade sendo sepultado em Colina, deixando a esposa Maria Francisco Monteiro e as filhas: Amélia com 20 anos; Jandira com 18; Irene com 11; Helena com 10 e Nair com 4 anos). Todos residiam na Rua 13 de Maio s/nº em Colina
Doação: Márcia Migliani
Amélia Fabri e pessoas ainda s/identificação- Chácara Palmeiras
Doação: Márcia Migliani
(Acervo Museu Municipal de Colina)
Doação: Márcia Migliani
(Acervo Museu Municipal de Colina)
Diploma de 4º Ano primário concedido à Nair Fabri, 13 anos filha de Vicente Fabri da Escola José Venâncio Dias assinado pelo Diretor Felippe Ricci de Camargo ano de 1944. detalhe no verso para a média de 85 e a Professora Aracinda Rodrigues. Nair Fabri é a caçula e Nasceu em 03/09/1931 reside em São Paulo e possui atualmente 80 anos.
Doação: Márcia Migliani
Amélia Fabri vivia em São Paulo e faleceu em 27 de Maio de 2011 quando completaria 97 anos
Documentos de Amélia Fabri Neta de José Fabri filha de Vicente Fabri
Doação: Márcia Migliani
Vagner, a postagem ficou ótima. Fiel à história da Família Fabri, os primeiros moradores de Colina. Recontando com detalhes a história da nossa cidade...
ResponderExcluirmeu sobre nome também e Fabri, angela fabri,mas a historia e diferente desta.minha mãe ainda criança chegou no brasil na época de guerra na Itália.mas de navio .seu pai era vitorio fabri.
ResponderExcluirmeu sobre nome também e Fabri, angela fabri,mas a historia e diferente desta.minha mãe ainda criança chegou no brasil na época de guerra na Itália.mas de navio .seu pai era vitorio fabri.
ResponderExcluirmeu sobrenome também é fabri, a unica história que conheço recentemente é do meu avô paterno, que coincidentemente se chamava josé fabri, mas não é este citado na história pois meu avô nasceu em 1924, meu avô teria vindo ao Brasil quando criança, e meus bisavós nasceram na França, e não na tália
ResponderExcluirOlá, sou Rebeca Fabri. Meu avô paterno era tbm José Fabri, minha mãe disse que ele sempre ia passear em Barretos na casa de "parentes". Meu bisavô era Noé Fabri, chegou ao Brasil em 25/06/1891 segundo registros sozinho, gostaria de algum contato para saber se tenho algum parentesco, já que não sei quase nada sobre minha família. Desde já agradeço.
ResponderExcluirmeu e-mail rebeca_fabri@hotmail.com
Excluirmeu e-mail rebeca_fabri@hotmail.com
ExcluirSe alguém souber de Maria Fabri, filha de Rafael Fabri, gostaria de informações, sou bisneta
ExcluirPor acaso, vocês têm conhecimento de Pedro Fabri? Fabri era engenheiro italiano, lecionou as duas cadeiras de Física e também Desenho Técnico,
ResponderExcluirHigiene Geral e Estradas e Rodagens. Essas informações obtive no Caderno de Pontos da Escola de Engenharia do Pará (década de 30), século XX.
Bom dia, meu nome é Eduardo Tassis Fabri, filho de Gilzélio Alfredo Resende Fabri, neto de Gildo Motta Fabri, bisneto de Alfredo Fabri, moro em São Francisco do Guaporé-RO, mas somos Mineiros de Governador Valadares.
ResponderExcluirOlá Eduardo,
ExcluirSeu pai é filho do tio Gildo. Conheci o Gilzélio, quando éramos criança em Gov. Valadares. Sou neta de Alfredo Fábri. Estou pesquisando sobre a árvore genealógica da família.
Meu bisavo chamava Noé fabbri e teve um filho jose fabri meu avo e meu pai Clodomiro fabri . Consta que viemos de rovigo veneto
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMinha mãe falava que o nome do meu avô era Manoel Fabri, eles moravam em Jaú, São Paulo, mas minha irmã me falou recentemente que eles eram de Minas.
ResponderExcluirMas um dia meu avô sumiu e deixou minha mãe Maria,minha tia Miriam e a minha outra tia Antônia com o meu pai sem os registros delas, como meu pai ia viajar para Bahia ele registrou elas com o sobrenome Silva.
Meu avo ser chamava ulisses fabri veio para o Brasil na segunda gerra,
ResponderExcluirMeu nome é Rodrigo Fabri, filho de Mauro Fabri, neto do Alarico Fabri, tenho muitos parentes em cabo frio e sei que a grande maioria da família Fabri reside em MG, a muitos anos estive em Juiz de Fora e conheci alguns parentes de la, inclusive, uma rua chamada Trino Fabri, se nao me falho a memória, segundo meu avo era uma rua da família! Meu avo me contou que o pai dele veio para o Brasil para fugir da guerra! Meu avô e o irmão caçula entre os outros irmãos e hj ele tem 84 anos!
ResponderExcluirSe voce tem interesse em saber mais informações sobre nossa família, entre em contato no meu e-mail lbomfonte@yahoo.com
ExcluirEu sou Antonino claudine Fabri,neto de Matheus e Emília Fabri e filho de Orlando Fabri e Eufrazia Praia Fabri.
ResponderExcluirEu tbm tenho sobrenome de Fabri mas não conheço a história dos meus familiares pasados mas tenho o sobrenome Fabri Monteiro gostaria muito de descobrir qm foram e de onde vieram meus antepassados.
ResponderExcluirFamilia Fabri espalhada pelo Brasil, em diversas regiões! Somos Fabri descendentes de italianos de Mantova, Com avós criados no interior de São Paulo (Jaguariúna) porem familia se estabeleceu na região do ABC paulista, Santo André e São Bernardo do Campo.
ResponderExcluirPrecisarem de informações tifabrii@gmail.com
ExcluirEstou procurando informações para descobrir a origem de meu Bisavô Italiano, veio para o Brasil antes de 1900, meu avô nasceu em Santa Cruz da Conceição/SP em 1.900.
ResponderExcluirTataravô: Nicola(u) Fabri(s) casado com Maria Arsié
Bisavô : Nicola(u) Fabri(s) casado com Regina Altoé
Avô ; Nicola(u) Fabri(s)
Bom dia Fabri,
ResponderExcluirGostaria de dizer que meus bisavô Giuseppe Fabbri e sua esposa Mariangela Mancini e filhos chegaram no porto do Rio e se transferiram p Minas Gerais.Mdy avô Guido Fabbri tinha 9 anos de idade.
Olá! Estou pesquisando a história da família Fabbri que é do meu marido, são descendentes de Ferrucho Fabbri (Ferruccio Fabbri). Se alguém souber algo desta parte da família poderia me dizer por favor
ResponderExcluirA Elisa Fabri é a minha bisavó! Meu avô era seu neto, Gumercindo. A primeira casa de alvenaria construída foi do meu tataravô. Quando meu avô casou com minha vó, mudou com os 8 filhos para São Paulo! <3
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